quarta-feira, 30 de maio de 2012

Família e Vestibular (Parte II)

...no final ele não aguentou a pressão do pai, desistiu de medicina ,está cursando farmácia, disse que está tudo bem, porém que as vezes pensa em tentar vestibular outra vez, depois de formada. Também tive um colega que o pai dizia que esse era o último ano de investimento nele e se caso não passa-se  ia ter que trabalhar pra se manter, porque ele não ia mais sustentar vagabundo, esse meu colega era alguém extremamente esforçado, pouca vezes vi alguém assim tão determinado e disciplinado, mas que vivia em um desespero quase que constante por conta disso, que o pai dele dizia sempre, no final do ano ele passou em uma boa colocação agradeceu ao pai pelo investimento financeiro, contudo agradeceu mais a namorada e os amigos pela força de todos os dias e pela fé que depositavam nele, que sem eles não conseguiria . 
  Não acredito que o excesso de cobrança(desconfiança as vezes) otimize o estudo em nada, pelo contrário só aumenta a tenção, o estresse, a ansiedade. A verdade é que muitos pais não entendem o que passa na cabeça do filho enquanto ele esta tentando medicina, o que o simulado representa pro aluno e que não se sair bem em um vestibular de verão não indica que ele não vai passar no final do ano ou que ele não está estudando.
  Enquanto você está no colégio há uma série de reuniões pais - professores, para debater sobre o aluno, ver como ele esta indo, entender o processo de aprendizagem e até como professores e pais podem se unir para auxiliar você nisso tudo. No cursinho não a nada disso, seus pais jugam que você já possui uma certa maturidade e que se as coisas não estão dano certo o problema é seu, que não esta estudando o suficiente.                        
  Nossa perdi a conta de quantos professores sem didática deram aula pra mim, certas disciplinas tive que  aprender sozinha, certos professores complicam demais algo que é simples. Principalmente agora com o ENEM, alguns docentes mais tradicionais ainda não se adequaram ao novo sistema, como professores de português extremamente gramatiqueiros quando no ENEM a prova é muito mais interpretativa e que saber a exceção da exceção do objeto direto preposicionado não faz muita diferença na hora.
  Já passei por poucas e boas nesse quatro anos de tentativa para medicina, e posso dizer que  : - escultei muitas vezes que não iria passar. Lembro que a última vez foi ano passado na noite anterior de vestibular de verão que eu ia fazer, chorei muito, e não entendia porque não acreditar que sou capaz sou esforçada, determinada, muitos em minha posição teriam desistido, então ergui a cabeça, e pensei : - quem tem que ter fé em mim sou eu! Fiz a prova na tarde seguinte, prova super difícil, recordo de vê gente chorando porque não tinha dado tempo de responder tudo e eu lá confiante, só comigo, não demorou muito dias saiu o resultado , tinha sido aprovada 25º de 40 vagas, pontuação da redação 19 de 20. A facul era particular decidir tentar a pública mais uma vez e cá estou eu, com a certeza de que tudo dará certo.
 Não é quer a sua família não torça por você, a família sempre fica na torcida, mas torce e acreditar são duas coisas diferentes, muitos pais subestimam os seus filhos, prefiro que a minha família acredite que sou capaz, inteligente o suficiente para se aprovada do que torça para que "dê uma sorte" e eu passe, apoio em um ano difícil como pré pode significar tudo, quem diria a Cláudia teve na família a lição que não encontrou em nenhum livro de biologia em nenhuma apostila de química.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Família e Vestibular (parte I)


Era a terceira tentativa de Cláudia Martins Pires, atualmente com 23 anos, no vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela queria medicina, curso mais concorrido da Universidade. Embora fosse uma aluna aplicada, o nervosismo fazia com que Cláudia não se concentrasse na prova e fosse dominada pelo 'branco' na hora de resolver as questões.
"Fiz três anos de cursinho e todos os anos quando chegava perto do vestibular ficava super nervosa, eu queria tanto que a ansiedade me atrapalhava", diz.
Diante da ansiedade da filha e do desejo de mostrar que a família queria apoiá-la e não cobrá-la, Dona Helenice Pires teve a ideia de também se inscrever no processo seletivo. "Ela não comia e não dormia na semana da prova, chorava... Fiquei preocupada e disse a Claudinha que nós iríamos também com ela", conta a mãe.
O pai, Seu Clóvis Pires, e a irmã mais velha de Cláudia, Fernanda Cristina Pires, também toparam participar do incentivo à caçula da família. "Eu já era formada em biomedicina e trabalhava na área. Não estava me preparando para o vestibular, mas como meus pais resolveram se inscrever para aliviar o nervosismo dela, fomos todos fazer a prova", lembra Fernanda.
A estratégia de Dona Helenice funcionou. No dia da prova Cláudia se distraiu com as brincadeiras da família à caminho do vestibular e não sentiu o nervosismo dos anos anteriores. "Primeiro achei engraçado, mas funcionou muito bem porque brincávamos com isso. Eu era outra pessoa, fui tranquila. Até saíamos da prova discutindo algumas questões!", relata Cláudia.
Embora a ansiedade tenha sido aliviada no dia da prova, Cláudia continuou insegura sobre o resultado do vestibular e no dia em que ele foi divulgado hesitou em conferir a lista. Dois dias depois da divulgação do resultado, Dona Helenice mais uma vez incentivou a filha e impôs que ela olhasse o site da universidade.
"O resultado saiu em uma sexta-feira, quando foi no domingo eu intimei: 'você vai olhar logo depois do almoço'. Foi quando ela saiu correndo pela casa comemorando", conta a mãe. "Então perguntei pelo resultado da irmã, que ela nem tinha olhado. Quando ela acessou a lista veio a grande surpresa, as duas tinham passado! Desde então digo que um raio caiu duas vezes em um mesmo lugar, em uma mesma família", completa.
Cláudia e Fernanda cursam o segundo semestre de medicina na UFBA e continuam se ajudando, montando grupos de estudos e fazendo trabalhos em equipe.
Legal ,essa história e ainda com o final surpreendente, afinal a irmã dela também passou!

E a sua família, também assim?Te apoia?Melhor, ela acredita em você?No seu potencial?
Quando você está no 3º ano do ensino médio que presta o vestibular de medicina e não passa, geralmente a sua família entende, afinal passar assim de primeira são poucos, porém depois que você faz o pré e não passa, a coisa toda muda de figura, seus pais cobram, - como assim você passou um ano revisando o que você já sabia e não passou? alguns começam a achar que você não deu o seu máximo, que dormiu demais, ficava muito no computador ou então foi pra muita balada, as vezes sobra até pro seu namorado ou a sua namorada, dizendo que você só queria saber de namorar ou que a sua namorada fica no seu pé, te ligando o dia inteiro não deixa você estudar. Geralmente isso é momentâneo, mas vamos confessar entre nós aqui, que momento ruim.
Outros pais contudo são bem mais Relax, confia muito no filho deixa bem a vontade, afinal o especialista que vivencia tudo é ele. Só que a gente sabe que as vezes a galera aproveita de toda essa confiança, se sente confortável demais e não se dedica o bastante, joga o investimento da família fora, afinal um cursinho razoavelmente bom não é menos de 500 reais mensais, fora as apostilas. 
Há ainda aqueles pais que cobram bastante. No meu segundo ano de tentativa estudei com uma menina que o pai dela ligava pro cursinho pra saber se ela tinha mesmo feito o simulado.....