...no final ele não aguentou a pressão do pai, desistiu de medicina ,está cursando farmácia, disse que está tudo bem, porém que as vezes pensa em tentar vestibular outra vez, depois de formada. Também tive um colega que o pai dizia que esse era o último ano de investimento nele e se caso não passa-se ia ter que trabalhar pra se manter, porque ele não ia mais sustentar vagabundo, esse meu colega era alguém extremamente esforçado, pouca vezes vi alguém assim tão determinado e disciplinado, mas que vivia em um desespero quase que constante por conta disso, que o pai dele dizia sempre, no final do ano ele passou em uma boa colocação agradeceu ao pai pelo investimento financeiro, contudo agradeceu mais a namorada e os amigos pela força de todos os dias e pela fé que depositavam nele, que sem eles não conseguiria .
Não acredito que o excesso de cobrança(desconfiança as vezes) otimize o estudo em nada, pelo contrário só aumenta a tenção, o estresse, a ansiedade. A verdade é que muitos pais não entendem o que passa na cabeça do filho enquanto ele esta tentando medicina, o que o simulado representa pro aluno e que não se sair bem em um vestibular de verão não indica que ele não vai passar no final do ano ou que ele não está estudando.
Enquanto você está no colégio há uma série de reuniões pais - professores, para debater sobre o aluno, ver como ele esta indo, entender o processo de aprendizagem e até como professores e pais podem se unir para auxiliar você nisso tudo. No cursinho não a nada disso, seus pais jugam que você já possui uma certa maturidade e que se as coisas não estão dano certo o problema é seu, que não esta estudando o suficiente.
Nossa perdi a conta de quantos professores sem didática deram aula pra mim, certas disciplinas tive que aprender sozinha, certos professores complicam demais algo que é simples. Principalmente agora com o ENEM, alguns docentes mais tradicionais ainda não se adequaram ao novo sistema, como professores de português extremamente gramatiqueiros quando no ENEM a prova é muito mais interpretativa e que saber a exceção da exceção do objeto direto preposicionado não faz muita diferença na hora.
Já passei por poucas e boas nesse quatro anos de tentativa para medicina, e posso dizer que : - escultei muitas vezes que não iria passar. Lembro que a última vez foi ano passado na noite anterior de vestibular de verão que eu ia fazer, chorei muito, e não entendia porque não acreditar que sou capaz sou esforçada, determinada, muitos em minha posição teriam desistido, então ergui a cabeça, e pensei : - quem tem que ter fé em mim sou eu! Fiz a prova na tarde seguinte, prova super difícil, recordo de vê gente chorando porque não tinha dado tempo de responder tudo e eu lá confiante, só comigo, não demorou muito dias saiu o resultado , tinha sido aprovada 25º de 40 vagas, pontuação da redação 19 de 20. A facul era particular decidir tentar a pública mais uma vez e cá estou eu, com a certeza de que tudo dará certo.
Não é quer a sua família não torça por você, a família sempre fica na torcida, mas torce e acreditar são duas coisas diferentes, muitos pais subestimam os seus filhos, prefiro que a minha família acredite que sou capaz, inteligente o suficiente para se aprovada do que torça para que "dê uma sorte" e eu passe, apoio em um ano difícil como pré pode significar tudo, quem diria a Cláudia teve na família a lição que não encontrou em nenhum livro de biologia em nenhuma apostila de química.